quinta-feira, 1 de outubro de 1992

Editorial El Shadai Outubro 1992

por Felipe Barreto

O que o Brasil esperava aconteceu. O Fernando Collor foi destituído da Presidência da Republica. Após sucessivas denúncias,ficou constatado que o Chefe de Governo tinha sua parcela de culpa nesse emaranhado de corrupção que abalou e estreceu a Nação, a tal ponto que a Justiça saiu da eterna inércia, brandindo sua espada.

Nos últimos meses, o dia a dia dos brasileiros foi preenchido de escândalos vindos do Planalto. Enquanto a Nação padecia com a crise econômica, milhares de dólares eram depositados em contas fantasmas, beneficiando os inúmeros corruptos.

O impeachment já era esperado. Depois de tantas injustiças praticadas contra o povo brasileiro, que há muito sofre as consequência dos que manipulam o poder em benefício próprio, a "Pátria amada idolatrada for salva..."

O povo foi as ruas e o grito "entalado" na garganta de todos os brasileiros ecoou; revelando que "os filhos teus não fogem a luta". Os jovens fizeram presentes e mostraram "sua cara". Rostos pintados em protesto contra a atitude daquele que se dizia a favor dos descamisados, desfilaram pelas principais ruas da cidade quase que diariamente em manifestações e passeatas pelo afastamento do falso "caçador de marajás".

O movimento pela Ética e pela Moral uniu vários segmentos da sociedade, líderes partidários e todos aqueles que se sentiam ultrajados pela pela ação corrupta de Fernando Collor.

A democracia se fez presente. Vivemos una momento histórico a lucidez da Justiça. O povo venceu.

Vexame, após vexame, Fernando Collor com certeza não esperava esse fim para a sua mais indadosa aventura de Indiana Jones. Agera é torcer pra que, a partir desse momento, a moralidade se implante de vez em nosso país. Que o caso Fernando Collor tenha servido de exemplo nas eleições de três de outubro. Que todos os brasileiros tenham votado com consciência, não se deixando engabelar por novas promessas. Chegou a hora do "Gigante" levantar do "berço esplêndido". Acorda Brasil.


Fonte: Jornal El Shadai, nº 1, Outubro de 1992, página 2.

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