quinta-feira, 15 de outubro de 1992

Deus é a solução para o alcoólatra

Os meios de comunicação não têm se mostrado interessados na luta contra o álcool. As pessoas estão a sua mercê e são direcionadas de maneira contrária a verdadeira formação moral. Elas já não escolhem o que vão ver e ouvir, pois a todo momento são bombardeadas de propagandas apelativas que querem vender seus produtos.

A publicidade de bebida alcoólicas na TV estimula mais ainda aqueles que tendem para a bebida. A TV através de suas imagens tem maior poder de influência que as linguagens oral e escrita. Suas propagandas de bebidas e fumos utilizam excessos de erotismo, chamando a atenção dos indivíduos mais fracos e conduzindo-os inconscientemente ao vício.

Para quem não sabe e não quer saber, o álcool leva os indivíduos à ruína e até mesmo à morte. Ele diminui a resistência às moléstias, dificultando a cicatrização de feridas e fraturas; agravando os problemas de úlceras, hepatites e epilepsias; além de acarretar problemas digestivo, respiratório e circulatório.

Outro problema importante é o da descendência dos alcoólatras. André Rezende no 1º Congresso Brasileiro de Ação Comunitária para Prevenção do Abuso de Drogas revelou que os alcoólatras geram filhos com maior disposição para bebida. E para reforçar esta constatação, há dois anos membros de uma associação de recuperação de alcoólatras e toxicômanos, em Berkeley, Estados Unidos, fizeram uma pesquisa que revelou que 52% dos alcoólatras identificados eram filhos de alcoólatras.

A psicóloga Eliane Guedes chama a atenção para o fato de que os "pais alcoólatras" não podem exigir que seus filhos não fumem ou consumam álcool, se nem eles mesmos conseguem ultrapassar o problema". Eliane diz ainda que as atitudes dos pais sempre refletem em seus filhos todo estilo de vida. Um exemplo disso é o ex-viciado que afirma que sua vida foi o reflexo dos desentendimentos de seus pais, a falta de diálogo e o dinheiro. “Eu não acreditava em Deus até que um dia meus amigos me ensinaram as palavras sábias ditas por ele. Compreendi que ele poderia me salvar se eu quisesse me ajudar também". Este é o relato como de outros jovens que só encontram paz e felicidade quando conhecem o poder de Deus. "A partir do momento em que abri meu coração para as mensagens de Deus, minha vida melhorou".

Disso se conclui que se a família vive em harmonia, amor, compreensão e, principalmente, de sinceridade, é porque teme a Deus. E por isso há respeito entre todos.

- Consciente ou inconsciente, a família está geralmente ligada ao surgimento e à manutenção do alcoolismo, seja por rejeição inconsciente ou pela falta de respeito à individualidade, ou até por fazer do alcoólatra um catalizador de todos os problemas familiares, raciocina o psicólogo André Rezende. Na recuperação de viciados, a família exerce o papel de importância. Pois os pais, na sua maioria, estão despreparados para encarar os problemas do alcoolismo condenando os alcoólatras sem que tenham uma chance de defesa e isto funciona como bloqueio na recuperação.

Os problemas vão sempre existir. Eles são testes feitos por Deus. Os indivíduos mais fortes sempre ultrapassam as provações pois acreditam que, com equilíbrio, Deus possa ajudá-los, tirando delas lições para toda a vida. E os que se afastaram de Deus não o conhecem e não o temem. A eles não foram ensinadas as palavras santas de Deus que é o único que pode salvar o homem do pecado do mundo. Para ele, nada é impossível. Ele é soberano. Enfim, os alcoólatras não devem ser desprezados, mas encarados como doentes, frutos da descrença de Deus e de uma sociedade corrompida e preconceituosa. A solução é acreditar em Deus e crer que ele têm o poder de transformar estes doentes em pessoas sadias.


Fonte: Jornal El Shadai, nº2, pág 7, Outubro 92.


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