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O que você diria de uma pessoa que teve, como pai, um padre satânico e, como mãe, uma feiticeira? O que diria ainda dessa pessoa que aos oito anos de idade foi rejeitada, porque segundo os pais, era filho de Satanás. É de pirar, não é?
Essa foi a infância de Nick Cruz, sem amor e carinho, transtornado e abandonado, ele tornou-se líder de uma das maiores e mais violentas gangues de rua de Nova Iorque, Estados Unidos.
Envolvido com crimes, assaltos e drogas, Nick Cruz chegou a pensar que não teria mais retorno. Entretanto, a esperança pelo direito de uma vida digna veio após seu encontro com David Wilkerson que lhe devolveu a luz, a serenidade, através de uma única frase: "Nick, Jesus te ama".
A partir deste momento, a vida tortuosa deste homem começou a mudar. Ele ainda podia ser salvo. Ele precisava ser salvo. Ele queria ser salvo... e foi. Ao entregar-se a fé do Senhor, ao receber Cristo, Nick sentiu-se renascer. Os maus tratos da infância haveriam de ser esquecidos e Deus iria ajudá-lo. Nick já não estava mais sozinho.
Com a esperança no peito e com Cristo no coração, Nick deu início a uma nova cruzada: revelar que é possível encontrar o caminho da luz através da fé no Senhor.
Esta é uma história verídica, inclusive relatada pelo próprio Nick quando recentemente veio ao Brasil para uma série de conferências evangélicas.
Apesar de participar de inúmeras palestras e conferências em vários países, Nick Cruz prefere proclamar a palavra de Deus nas ruas, pois, como ele próprio afirma, "é lá que existem as drogas, as ganga e a violência".
Autor de 12 livros, onde aborda diversos assuntos ligados ao Evangelho, Nick tem conhecimento do abandono e morte das crianças de rua no Brasil, assim como dos problemas das drogas, cada vez mais utilizadas pelos jovens. Mas Nick é um homem de esperanças. Ele tem fé e crê que, através de Cristo, essas pessoas possam ser transformadas como ele foi.
Fonte: Jornal El Shadai, nº1, pág 12, Outubro 92.
por Felipe Barreto
O que o Brasil esperava aconteceu. O Fernando Collor foi destituído da Presidência da Republica. Após sucessivas denúncias,ficou constatado que o Chefe de Governo tinha sua parcela de culpa nesse emaranhado de corrupção que abalou e estreceu a Nação, a tal ponto que a Justiça saiu da eterna inércia, brandindo sua espada.
Nos últimos meses, o dia a dia dos brasileiros foi preenchido de escândalos vindos do Planalto. Enquanto a Nação padecia com a crise econômica, milhares de dólares eram depositados em contas fantasmas, beneficiando os inúmeros corruptos.
O impeachment já era esperado. Depois de tantas injustiças praticadas contra o povo brasileiro, que há muito sofre as consequência dos que manipulam o poder em benefício próprio, a "Pátria amada idolatrada for salva..."
O povo foi as ruas e o grito "entalado" na garganta de todos os brasileiros ecoou; revelando que "os filhos teus não fogem a luta". Os jovens fizeram presentes e mostraram "sua cara". Rostos pintados em protesto contra a atitude daquele que se dizia a favor dos descamisados, desfilaram pelas principais ruas da cidade quase que diariamente em manifestações e passeatas pelo afastamento do falso "caçador de marajás".
O movimento pela Ética e pela Moral uniu vários segmentos da sociedade, líderes partidários e todos aqueles que se sentiam ultrajados pela pela ação corrupta de Fernando Collor.
A democracia se fez presente. Vivemos una momento histórico a lucidez da Justiça. O povo venceu.
Vexame, após vexame, Fernando Collor com certeza não esperava esse fim para a sua mais indadosa aventura de Indiana Jones. Agera é torcer pra que, a partir desse momento, a moralidade se implante de vez em nosso país. Que o caso Fernando Collor tenha servido de exemplo nas eleições de três de outubro. Que todos os brasileiros tenham votado com consciência, não se deixando engabelar por novas promessas. Chegou a hora do "Gigante" levantar do "berço esplêndido". Acorda Brasil.
por Guilhermino Cunha Advogado, Teólogo
O povo brasileiro deu uma demonstração de democracia para todo o mundo. Na verdade o "impeachment" do Presidente Collor foi decidido nas ruas e votado na Câmara dos Deputados. Naquele histórico dia, uma jovem estudante emocionada falando sobre o Vice-Presidente Itamar Franco declarou: "Se ele não andar direito, nós o tiraremos de lá também". Isto é democracia quase direta.
De fato, "o Poder pertence ao povo e em seu nome, e por delegação explícita dele, é exercido". Quando o povo elege os sem representantes delega-lhes, apenas, o exercício temporário do Poder, mas continua sendo titular inquestionável do Poder. Isto ficou duro neste episódio de votação, não do "impeachment", pois o que a Câmara votou foi a autorização para que Senado inicie o processo de impedimento do Presidente Collor.
Quem julga é o Senado no caso de crime de responsabilidade. O Presidente, iniciado o processo, é afastado do Poder por 180 dias ou até concluir o processo. Ele terá amplo direito de defesa e o direito inalienável de renunciar, a renúncia evita-se a inelegibilidade por 8 anos, mas deixa muitas dúvidas por responder sobre sua idoneidade moral. Nesta altura, não vemos saída honrosa.
No dia seguinte ao "impeachment", o Brasil amanheceu de cara nova e de alma lavada, não houve lugar para o Sinistro "day after" do filme-catástrofe norte-americano. Na verdade, o dia seguinte significou um novo amanhecer da esperança no coração do sofrido povo brasileiro. É preciso lembrar quem era o alvo, o sujeito, o agente da CPI. Há muito mais gente envolvida e em especial o personagem trágico destas investigações: Paulo César Farias. Defendemos o direito do povo brasileiro de acompanhar ao vivo e a cores não somente a sessão do Supremo Tribunal Federal ou da Câmara dos Deputados, mas também o julgamento exemplar de todos os envolvidos nas CPIs em curso, isto em nome da justiça, do direito, da moral e da ética na política, na vida econômica e social deste País.
As figuras do bode expiatório e do bode emissário são bíblicas, entretanto, corremos o risco de fazer do Presidente Collor um bode expiatório em toda esta situação, principalmente, se deixarmos por apurar as demais corrupções e punir os corruptos.
Se você ler o Levítico 16:7 a 10 perceberá que o bode expiatório era morto por causa do pecado dos outros e que o bode emissário era apresentado vivo perante o Eterno e depois enviado ao deserto, sem retorno, levando as iniquidades, transgressões e pecados dos filhos de Israel. Ora, bem sabemos que sacrifícios e sangue de touros e cabritos não podem lavar a mancha desta nação brasileira, mas sim o sangue do Cordeiro de Deus, Jesus, que morreu por todos, mas que salva e perdoa, apenas, aos que Dele creem.
Vamos continuar acompanhando atentamente a formação e a performance do Governo Itamar Franco. Pedimos a Deus que o ilumine e que lhe dê sabedoria do alto para governar o Brasil. Assim, o "day after" será de esperança e de paz para todos os brasileiros.
Fonte: Jornal El Shadai, nº 1, Outubro de 1992, página 2.
Como reagem os jovens evangélicos à própria sexualidade? Apesar dos ensinamentos bíblicos, como se comportam diante dos apelos do corpo? De que maneira os pastores atenuam os ímpetos e dúvidas dos jovens membros de suas congregações? Os evangélicos estão mais liberais sexualmente?
Numa época em que a liberdade sexual é estimulada cada vez mais através da mídia, que ajuda a criar uma suposta imagem de "liberalismo", fica muito difícil para os nossos jovens conviver em meio a tais conflitos.
Envolvidos por ideias erradas, alguns adolescentes vivem com verdadeiro martírio quando descobrem a própria sexualidade. Como o problema é comum a idade, é preciso que o jovem seja bem orientado para melhor enfrentar essa fase tão "delicada".
A sexualidade é bem mais intrínseca do que aparenta, porque o jovem pode não estar preparado para assumir determinadas responsabilidades. É preciso discernir a realidade desse contexto que tenta criar a ideia de que liberdade sexual já é um fato plenamente aceito. O que se propõe não é a repressão, mas a maturidade como forma consciente para desfrutar dos prazeres do corpo sem sentir vergonha ou medo.
Como o assunto é bastante polêmico e pouco esclarecido, o Jornal El Shadai procurou ouvir a opinião de várias autoridades da comunidade evangélica.
Para o Bispo Paulo Lockmann, da Igreja Metodista do Brasil, não existe liberdade "sexual, existe sim o que se poderia chamar de libertinagem, que é o resultado da manipulação do sex". Segundo ele, o que alguns chamam de liberdade sexual é a transformação do sexo num produto de comercialização, tornando-o uma mercadoria vulgar. Quanto ao jovem evangélico, o Bispo Lockmann menciona que ele faz parte do mundo, consequentemente também é atingido pela mídia, só que numa proporção menor, até porque recebe uma formação diferente.
No que se refere a resistir aos apelos do corpo, o Bispo ressalta que é preciso discipliná-lo. Do ponto de vista bíblico, o Apóstolo Paulo é muito claro quando diz "que somos nascidos por ordem do Espírito que nos leva a conhecer Deus. Não podemos ser guiados apenas pela carne. Temos que ser guiados por um ideal maior que é dado pelo Espírito Santo, através da palavra de Deus".
Quanto a masturbação, o Bispo, frisa que é frequente entre os adolescentes, mas isso não significa que seja lícita e desejável. É preciso reconhecer que a masturbação é uma forma de frustração, porque mentalmente realiza-se uma relação sexual, mas incompleta, ilícita. O sexo - enfatiza o bispo - tem que ser um ato entre um homem e uma mulher dentro dos parâmetros bíblicos aceitáveis. Precisamos dar mais orientação aos nossos jovens para impedir que a masturbação se tome uma fuga. É preciso que eles canalizem essa energia de forma positiva e construtiva.
Questionado sobre manter relações sexuais antes do casamento, o Bispo Lockmann ressalta que a Congregação mantém um trabalho de orientação pastoral nesse sentido. "Procuramos educar, orientar pra que isso não aconteça, mas infelizmente, como em todas as denominações, sempre há um caso ou outro. Praticar o sexo antes do casamento é um erro tão grande quanto a mentira, a desonestidade e a violência. Mas se acontece, procuramos resgatar a ovelha perdida".
O Bispo inclusive menciona que a Congregação está desenvolvendo um documento chamado "pastoral da Sexualidade", cujo objetivo é ajudar principalmente os jovens a entender que não se deve ter uma educação de banheiro de escola. O sexo - ressalta o Bispo - "é uma coisa tão boa dada Por Deus". Os metodistas creem que o sexo não é só para procriação.
Sentir prazer é uma bênção. Acreditamos que o sexo é para a realização do ser humano que não deve ter vergonha de sentir prazer. Sentir prazer é uma forma de Bênção. O sexo é uma bênção na vida do casal. Lokmann acrescenta que o sexo deveria ser tratado com menos preconceito, com mais clareza, por isso acha importante que os jovens recebam educação sobre a vida sexual, principalmente agora com a questão da aids. O Bispo inclusive menciona que os jovens da igreja não estão totalmente isentos do perigo, mas correm menos riscos do que o pessoal que não tem uma formação cristã.
O Bispo não atribui a aids a um castigo de Deus e sim a um dos sistemas do mundo moderno, inclusive a Bíblia diz que o "Salário do pecado é a morte". Eu diria que Deus não deseja doenças, calamidades e a pobreza existentes no mundo. Deus criou o homem para a saúde e prosperidade. Agora existe a doença, a miséria que são frutos do pecado, então afirmo que a "aids é o resultado do próprio processo de pecados que existe na sociedade". Classifico pecado como desobediência aos ideais de Deus para o ser humano. Quando se diz que a aids é um castigo de Deus, estamos transferindo para Deus algo que é da responsabilidade do próprio homem.
Normalmente o que ocorre em um casamento em que ambos não estão se sentindo completos é o adultério. Mas isso é pecado, os dois estão se enganando. O Bispo diz ainda que é preciso haver honestidade no relacionamento entre um homem e uma mulher, e isso vale para crentes e não crentes. É necessário haver diálogo, compreensão e companheirismo para enfrentar os problemas que surgem. É preciso ter Deus no coração para superar as dificuldades. E conveniente acrescentar que o "machismo" é uma forma de opressão que impede que a relação seja mais a dois, igualitária. O casamento não é pra que apenas um seja feliz. O casamento é a união, logo é prá que os dois sejam felizes.
Questionado sobre o grande número de casais que vivem maritalmente e são felizes. O Bispo Lockmann responde que eles seriam bem mais felizes se fossem abençoados por Deus. Quanto ao papel da mulher nos dias atuais, ele diz que não pode falar de outras congregações, mas na metodista a mulher tem se destacado. A nossa igreja - ressalta o bispo - está muito aberta ao crescimento do poder feminino. Quase 70 por cento dos membros da metodista são mulheres, e eu até gostaria de ser substituído não por um bispo e sim por uma episcopisa, e isso é possível na Igreja Metodista. Creio nisso biblicamente, até porque todos os textos que falam dos dons, dos carismas do Espírito Santo de Deus, nenhum deles diz que o ato de proclamara palavra de Deus é exclusivo ao homem. O dom de ser pastor é dado tanto ao homem quanto a mulher, conforme o Espírito de Deus desejar.
Quanto ao aborto, o Bispo Lockmann considera a atitude uma agressão a vida. "A mulher tem direito sobre seu corpo, mas quando ela está grávida, já não se trata mais dela. Tem outra criatura que tem o direito de nascer, até porque não foi consultada se queria viver ou não. A vida - enfatiza o Bispo - é um direito intocável dado por Deus e isso tem que ser respeitado.
O que está faltando a juventude? O temor a Deus. Creio que sem Jesus Cristo não há solução para o mundo. Pra mim, Jesus é vida. Vida boa e feliz é o que eu receito para todas as pessoas, principalmente para os mais jovens.
Já o Presidente da Associação Missionária Maranata, Paulo César Brito, menciona que o sexo foi instituído por Deus para a multiplicação da espécie e para o deleite do homem e da mulher. A Bíblia diz que o "homem deve se deleitar com a mulher da sua juventude". O líder da Congregação Maranata acrescenta que Deus na sua infinita sabedoria criou o homem e a mulher, instituindo a família que é a base de toda a sociedade. A família tem direitos e deveres. Um desses direitos é o prazer entre um homem e uma mulher, quando ambos tornam-se uma "só carne". Mas esses direitos apontam para deveres, porque uma das conseqüências do sexo é o nascimento das crianças que precisam estar protegidas por uma instituição estável, por um relacionamento duradouro. Com isso, a Bíblia ensina que o "homem precisa ser fiel a sua esposa e vice-versa". Nisso se baseia uma sociedade de padrões cristãos, porque o AMOR PRESSUPÕE A FIDELIDADE.
Paulo César Brito, apesar de considerar a liberdade sexual menos hipócrita do que o falso moralismo, afirma que ambos estão errados. O importante é buscar a verdade que é "amar e ser fiel". É possível que em dado momento a fidelidade seja perdida, porque a Bíblia diz "que não é preciso praticar o ato em si para cometer o adultério". Para Deus o adultério se estabelece no coração e não na cama.
Quanto a relação ex-conjugal no meio evangélico. Paulo César Brito menciona que "a igreja deveria ser mais hospital do que matadouro. Por outro lado, também "não pode servir para acoitar, dar guarida a pessoas que não tem a mesma visão e propósitos. Em relação aos apelos do corpo, o Pastor ressalta que é uma fase muito difícil e somente os jovens que tiveram um verdadeiro encontro com Jesus passaram por esse período "intocáveis". O pastor revela que ele mesmo teve alguns momentos de "deslizes" na juventude, que não seguiu uma conduta cristã conforme a palavra de Deus. Mas ainda bem que ele é o Deus da Misericórdia e que perdoa quando realmente estamos arrependidos. A atual juventude está passando por apelos desleais. A mídia, a propaganda, a própria cultura incentivam a prática da liberdade sexual.
Questionado sobre há onde está escrito na Bíblia que é proibido fazer sexo antes do casamento, Paulo Brito responde que em todos os momentos em que o Livro Sagrado combate a impureza e a lascívia. Quanto a masturbação, a mensagem de Jesus é pra que sejamos puros no coração. Pra se masturbar, é preciso que a pessoa faça da mente uma fornalha de sonhos, ideias e divagações para que se possa ter todo o clima erótico.
Como líder de uma igreja que 80 por cento é composta por jovens, eu tenho tentado passar pra eles que é possível esperar. É preciso aguardar o momento certo. Por isso eu creio e estou convencido que o jovem evangélico deve casar cedo. O verdadeiro casamento - acrescenta Paulo Brito - tem como fundamento a união do corpo, da mente e do espírito. Quando isso acontece justifica-se o sexo.
Questionado sobre relações sexuais antes do casamento, Paulo Brito frisa que em toda igreja com centenas de jovens sempre existe um caso desse tipo para a tristeza dos pastores, que somente ficam sabendo, quando o fato está consumado, ou seja, a gravidez. Por isso presunto que existam casos sem gravidez que os líderes das igrejas não tomam conhecimento. E lastimável porque evidencia que a pessoa não está se-guindo os mandamentos do Senhor com integridade e integralidade. Quanto a aulas de orientação sexual na adolescência, não considero uma boa ideia. Acho que as aulas devem ser dadas para noivos e recém-casados.
Se após o casamento é permitido tudo? É bom que se entenda que a relação sexual tem que ter um objetivo. O homem deixa de "ser dono de seu corpo e a sua esposa passa a ser dona do corpo dele" e vice-versa. Isso significa que eles não serão mais dois e sim uma "só carne".
Todo aquele jogo idílico que o casal desenvolve no sentido das estimulações mútuas não deve ser considerado nojento, maligno ou pecaminoso. A relação deve acontecer de uma maneira romântica, criativa e limpa.
Os conceitos de que sexo é pecado e que mulher direita não deve demonstrar prazer estão errados. Por isso algumas mulheres são muito serciadas nas suas demonstrações de carinho. Espero que isso esteja mudando com a educação, através de cursos para casais. É importante -frisa Paulo Brito - que o esclarecimento parta dos próprios líderes evangélicos. Mas existe um detalhe, é preciso que os casais evitem determinadas coisas, porque na liberdade do jogo idílico existem certas variantes consideradas abomináveis. A Bíblia menciona numa das epístolas de Paulo "de homens que mudaram a forma natural do uso de suas mulheres" e isso ao meu ver se refere especificamente ao sexo anal.
A Bíblia condena o sexo anal. Quando os casais agem desta maneira existe a possibilidade de fissuras e doenças anais. Por isso está provado que a transmissão da aids é bem mais intensa através dessa variante, do que pelo relacionamento normal entre um homem e uma mulher. Pra isso é preciso diferenciar o jogo idílico de um possível desvio, deturpação.
Nós o povo de Deus não aceitamos o sexo anal. A nosso ver, isso é sodomia, tara e não é nada higiênico. Não precisa ser evangélico para entendera óbvio, a repulsa que a maioria das mulheres tem pelo ato em si. É claro que existem algumas que já estão "viciadas", mas serão sempre exceções.
Quanto aos jovens, eu aconselho que sejam firmes e evitem determinadas situações que poderão acarretar sérias conseqüências. É preciso aproveitar o tempo de namoro para se conhecer melhor, saber dos planos, sonhos e ideias um do outro. O namoro - segundo o Presidente da Igreja Missionária Maranata - deve ser de "poucos momentos solitários e muitos momentos sociais". As carícias devem ter seus limites. Paulo César Brito diz que com base nesses princípios certamente o casamento terá condições de ser duradouro, mas jamais se deve esquecer que existe Jesus Cristo. Não podemos esquecer que ele resolve as nossas ânsias e ajuda a encontrar soluções para os nossos problemas.
Para o Pastor-Presidente da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro Reverendo Guilhermino Cunha, o sexo foi criado por Deus. É bom e tem um tríplice aspecto a luz da Bíblia da razão, da ética e da moral cristã: visa a procriação, a perpetuação da espécie e a um companheirismo duradouro, responsável e consciente. O sexo também é unta bênção em termos de prazer, e o prazer é uma forma de compensação dada por Deus as lutas e lutos que nós seres humanos passamos. O sexo não deve ser exercido apenas com base no instinto, senão seríamos apenas animais. Ele é feito também na base da inteligência, da razão e de uma comunhão de amor.
Devemos exercer a sexualidade dentro do plano de Deus. A sua bênção é o vínculo que cria responsabilidades, que é a aliança entre um homem e uma mulher.
Quanto aos apelos do corpo? Eu diria que os jovens devem resistir. É preciso canalizar toda a energia física e mental para algo mais criativo, bom e agradável diante de Deus. O Reverendo Guilhermino Cunha explica que a prática da masturbação está ligada à própria descoberta do sexo. É muito comum quando o adolescente está entrando na puberdade, afinal ele está descobrindo o próprio corpo.
O Reverendo acredita que os pais, pastores e educadores ao invés de reprimir, devem educar os filhos conversando abertamente sobre suas necessidade físicas, emocionais e espirituais. É preciso que haja uma orientação nesse sentido para que o aprendizado do sexo não aconteça de maneira perversa e prejudicial. "A família - ao meu ver - não deve abrir mão da responsabilidade de transmitir as noções sobre procriação, puberdade e as necessidades sexuais. Mas eu acho também que a igreja deve ter uma palavra a dizer sobre a benção que Deus criou que é a sexualidade", disse o Reverendo.
O Reverendo Guilhermino Cunha diz ainda que os professores que dão orientação sexual devem ser equilibrados emocionalmente, cristãos e éticos. Porque quem teve uma má formação ou deformação finda passando para os outros uma ideia de liberação que é fruto muito mais de suas frustrações do que de convicções.
Quanto ao sexo antes do casamento? Eu diria que não é muito comum, mas pode acontecer em qualquer igreja, em qualquer família por melhor que seja a formação. Quando me deparo com um caso desses, a minha orientação pastoral é realizar uma cerimônia simples, discreta pra mostrar que a pessoa não agiu de maneira correta. Se chega ao conhecimento do Conselho, normalmente a tendência é suspender a pessoa da comunhão ou as vezes até excluir. Eu tenho evitado isso, mas tiro alguns privilégios como cargos, participação etc.
Considero a aids o mal do século. Talvez das doenças seja a mais perversa. Eu costumo dizer que a aids mata três vezes: fisicamente, porque não tem cura; emocionalmente, porque cria o fenômeno de rejeição; e espiritualmente porque quase sempre associa-se a aids a um castigo divino. A pessoa acha que está com aids porque pecou, já que o "salário do pecado é a morte". Só que o versículo não termina assim, porque "o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus". "Se é verdade que a aids mata, Cristo cura. Cristo liberta". O Reverendo Guilhermino Cunha diz que é preciso agir com serenidade, mas com seriedade em relação a essa doença que é a aids. E preciso dar amor e assistência espiritual ao aidético e a sua família.
Quanto a virgindade, o Reverendo Guilhermino Cunha diz que o ato não se resume em tirar o hímen, porque também existe a pureza emocional, espiritual e o conceito de dignidade. É preciso, também, que haja fidelidade entre um casal, porque quem ama não trai.
O Líder da Catedral Presbiteriana recomenda que os jovens pensem em coisas boas, honradas. Eu aconselho que amem muito, porque o amor não faz mal. Que troquem carícias, mas dentro dos limites. E quando sentir aquele amor que é tão forte quanto a morte, além da certeza de que "as grandes águas não apagarão um grande amor e os rios não submergirão de maneira alguma" tenha certeza de que obteve uma bênção de Deus.
Fonte: Jornal El Shadai, nº 1, Outubro de 1992, páginas 6 e 7.
Eles não fazem o estilo heavy metal. Não mostram a língua, nem usam drogas. Mas uma coisa é certa, lotam qualquer lugar em que se apresentam. Quem? O Rebanhão.
O grupo musical evangélico há anos vem trilhando um caminho de sucesso. É claro que nesse meio tempo, o Rebanhão já sofreu algumas mudanças na sua formação, mas a essência, a palavra do "Deus Vivo" continua em cada novo trabalho, feito por Pedro Braconnot e Paulo Marotta, fundadores da banda.
O Rebanhão é apontado por todos como o precursor da moderna música evangélica. O pioneirismo do grupo se deve ao fato dele ter sido o primeiro conjunto a proclamar a palavra de DEUS através do som pop, até então inexistente nas tradicionais canções evangélicas.
Nas letras de suas músicas, protestam contra a violência e o materialismo, apontando "JESUS" como a solução e o caminho para o alcance da paz interior.
O grupo que já se encontra no sétimo LP, o mais recente "Pé na Estrada", não sabe precisar quantos discos foram vendidos até hoje, nem quanto isso representa em termos financeiros. Segundo eles, o objetivo principal do disco é transmitir paz e alegria, abençoando a vida das pessoas.
O grupo tem viajado bastante, fazendo apresentações em diversos Estados, uma verdadeira maratona musical evangélica. Mas o pessoal do Rebanhão, sempre que possível, encontra um tempo para estar em comunhão coma igreja, participando do louvor.
Essa é a trajetória do Rebanhão que canta e louva a fé no Senhor botando o "pé na estrada".
Fonte: Jornal El Shadai nº 1, Outubro 1992, página 3.