sábado, 6 de julho de 2024

King of Fools - Delirious (Furious/Sparrow)

Por Lucas W Hendrickson

Jimmy Abegg
King of Fools
Delirious
FURIOUS/SPARROW

O problema com o nome Delirious é que as pessoas podem esperar que a banda seja alguma coisa a mais do que realmente ela é. Mas o que ela tem de bom é que estes cinco garotos fazem o que sabem fazer (um louvor alternativo à base de guitarras, na falta de um termo melhor) de uma maneira excelente.

Se o leitor não ouviu a história ainda, aqui vai a essência da coisa: a Delirious surgiu de uma série de reuniões de grupos jovens chamada Cutting Edge, que teve início em 1992, em Littlehampton, na Inglaterra. Trabalhando em silêncio, a banda reuniu um conjunto estável de originais e canções de louvor, culminando em lançamentos de álbuns que capturaram a atenção da Rádio BBC. Assim, nascia uma nova sensação britânica. King of Souls, lançado no ano passado, no Reino Unido, está a caminho deste lado do oceano, contendo 13 faixas extraordinariamente bem construídas, as quais, do ponto de vista das letras, falam diretamente para a população jovem de ambas as culturas e está em busca de seu caminho espiritual.

Se há uma falha na abordagem sonora do Delirious, ela está no fato de que eles soam um pouco excessivamente como uma versão britânica do Big Tent Revival (e note bem, isto não é uma crítica a nenhuma das bandas). Sim, os acenos musicais aos contemporâneos ingleses tais como Oasis, Del Amitri e The Verve estão presentes, mas há momentos em que, se pudéssemos remover o sotaque da voz do líder vocal da banda, Martin Smith, seria possível jurar que estamos ouvindo a Steve Wiggins, da BTR.

As faixas de destaque incluem o corte de título contemplativo, Revival Town, dos Vigilants of Love, a abertura pantanosa em Sanctift e o manifesto (provavelmente inspirado no U2) White Ribbon Day. A questão fundamental agora, com a qual a banda se vê às voltas, é: "Quando será possível ouvirmos mais coisas?"


Fonte: CCM Brasil Magazine, pág. 50, e.1 a.1998.

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