sábado, 6 de julho de 2024

Chris Eaton - What Kind of Love (Cadence)

Por Brian Q Newcomb

Jimmy Abegg
What Kind of Love
Chris Eaton
Cadence

Quando Amy Grant estava cavoucando um nicho no pop dance, no coração da América, em seu lançamento de 1985, Unguarded, ela se voltou duas vezes para canções de Chris Eaton, Stepping in Your Shoes e Sharayah.

Grant devolve o favor das composições na faixa título do novo lançamento americano de Eaton (chegou à Europa no ano passado com um título diferente), o qual explora o significado de I Coríntios 13.

Este disco poderia facilmente ter sido produzido nos idos de 1985 ou, então, seus sons adultos e contemporâneos influenciados pelo R&B e soul, finamente elaborados, poderiam ter sido captados em fita no passado. Os toques sutis - a naturalidade céltica e as flautas em Boat of Devotion, a minestra de piano em Wherever I go, o ruído estridente que abre Old Friends, a energia vibrante de Ordinary People - entretanto, sugerem um momento completamente moderno no tempo.

Em um pop sofisticado para adultos, os pontos fortes de Eaton estão nas melodias de senso comum e nas letras bem cuidadas que falam da vida real em tempos fora do comum. Com graça e inteligência, ele compõe sobre as decisões que todos nós tomamos e nos fazem chegar até o melhor de nós mesmos (The Highest Honour) ou a algo inferior. Compreendendo verdadeiramente, como em God So Loved the World, que Deus amou tanto o mundo, Eaton extrai de chavões banais familiares, como "Hoje é exatamente o primeiro dia do resto de sua vida", todo o clichê ali existente. É uma verdade simples para vidas que podem ser complicadas e difíceis. O pop de Eaton é um bálsamo ou um incentivo. É uma sugestão de que as coisas comuns são sagradas, que o cotidiano está repleto de oportunidades.


Fonte: CCM Brasil Magazine, pág. 52, e.1 a.1998.

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