sábado, 6 de julho de 2024

Exodus - Diversos (Rocketown)

Por Wendy Lee Nentwig

Jimmy Abegg
Exodus
Various
ROCKETOWN

Procurando por uma saída da música de adoração convencional? Exodus, então, pode ser o bilhete de passagem, especialmente pelo fato de que o sentido literal do título é "partida". Os ouvintes não precisam buscar muito além da curiosa arte da capa, assinada por Jimmy Abegg (trata-se de um arbusto em chamas, caso você não tenha certeza), para perceber que este projeto é algo diferente.

Na esperança de imprimir um impulso único à adoração, Michael W. Smith queria fazer algo novo com este disco que ele produziu para seu jovem selo Rocketown. Consequentemente, apresenta uma mistura incongruente, mas emocionante, de artistas, cada um oferecendo sua própria interpretação do que é música de adoração, ou talvez o que cada um gostaria que ela fosse.

Exodus abre com uma melodia basicamente instrumental que dá o tom do álbum. No encalço deste chamado à adoração, estão nove trilhas que percorrem a escala musical, indo do tradicional (como Salvation Belongs to Our God, de Crystal Lewis) até o alternativo (na forma de Sixpence None the Richer e Jars of Clay).

Mas é o Dc Talk que dá um chute em tudo com My Will, apresentando um refrão que é uma alegre reminiscência da obra de Tair, em Canticle of the Plains. A contribuição de Sixpence, Brighten My Heart, é o verdadeiro destaque, no entanto, com os vocais claros e terrenos de Leigh Nash, sendo um par perfeito para as letras simples e honestas que a banda tomou emprestado de A Book of Celtic Devotion. Chris Rice também marca pontos com aquilo que Smith chama de "a canção chamariz do disco" (Nothin), enquanto Cindy Morgan canta uma melodia assombrosa que ela compôs com Smith (Make Us One). Dentre outros a se apresentarem estão Third Day, cantando o clássico Agnus Dei, de Michael W. Smith e The Katinas.

Com artistas e estilos tão diferentes entre si representados, a produção de Smith empresta uma necessária coesão ao projeto e habilidosamente funde estes moldes em uma experiência singular de adoração. Sua mão nos controles também resulta no som de assinatura que aflora em lugares improváveis, tais como no meio da valiosa contribuição dos Jars of Clay, em Needful Hands.

Fechando o álbum está o próprio cover feito por Smith em I See You, de Rich Mullins, uma canção com a qual Mullins gostava de encerrar seus shows. Smith admite que foi um trabalho duro decidir por esta melodia que amarra o projeto de forma primorosa.



Fonte: CCM Brasil Magazine, pág. 50, e.1 a.1998.

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