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sexta-feira, 9 de julho de 1993

Pausa para os religiosos pregarem a Bíblia

TERESÓPOLIS, RJ, 09 (AE)

Depois do jantar, na inacessível concentração de Teresópolis, a rotina continua para Jorginho, Müller, Palhinha, Taffarel e Elivélton. Nada de carteado, novelas ou conversas sobre empresários que poderiam arrumar milionárias transações - divertimentos prediletos da maioria. Cada jogador pega a sua Bíblia e vai até o quarto marcado para o culto. Müller, que pretende ser pastor quando parar com o futebol, lê salmos em voz alta. O atacante pára quando encontra uma passagem significativa ou quando surge alguma dúvida sobre o significado de alguma metáfora.

"Seleção Brasileira e Deus são compatíveis. Não existe lugar no mundo que a pessoa não possa crescer aprendendo e debatendo sobre as palavras do Senhor - prega Müller. Os cultos evangélicos acontecem com a benção de Parreira, ele mesmo católico convicto. "Não vejo o menor problema. Pelo contrário, sinto que os jogadores ficam mais confiantes e tranqüilos depois de rezar. Não atrapalha o ambiente de jeito algum", assegura.

Já houve o tempo em que os Atletas de Cristo eram vistos como um bando de jogadores fracos de futebol ou de cabeça que buscavam apoio em Deus para os seus males. Apontados como fanáticos, tinham de fazer os seus cultos escondidos dos treinadores. A situação mudou muito.

"A porta do quarto fica aberta. Quem quiser entrar e rezar com a gente é bem vindo. Não precisa ser convertido. Basta acreditar em Deus e querer o bem alheio. Nós temos uns visitantes esporádicos" - diz, alegre, Palhinha. "A gente sabe que a reunião deles começa lá pelas nove horas. Todo mundo respeita e procura não pertubá-los. Depois de meia hora, as orações já terminaram e voltam as brincadeiras para cima de todo mundo. Atletas de Cristo ou não. Já estou acostumado. No Palmeiras é o César Sampaio quem prega. Aqui é o Müller" diz Zinho.

O lateral Jorginho garante que não existe um trabalho forçado de convencimento para os jogadores mais novos assumirem a religião. Segundo ele tudo acontece ou não de uma forma natural:

"Nós evangélicos estamos ganhando muito espaço. A palavra do Senhor está sendo melhor entendida. Ganhando força espiritual estamos melhor preparados para todas as situações que forem surgindo em nossa vida. Quanto mais pessoas estiverem convertidas melhor. Mas não depende de ninguém. A pessoa adota a religião caso se sinta pronta para receber Deus" - jura.

O fanatismo é exconjurado. Nenhum jogador cristão esconde a ira quando tem de falar se sabe adotar a religião sem perder a noção da atividade esportiva escolhida para tirar o sustento. "De jeito algum. Vivem falando isso do nosso grupo, mas buscamos apenas Deus como qualquer outra religião. O que acontece é que somos jogadores conhecidos e isso impressiona", diz o futuro pastor Müller, que as segundas-feiras costuma promover cultos na sua casa em São Paulo.

Fonte: ©Agência Estado.Aedata 09/07/93.

sábado, 9 de janeiro de 1993

Jojó de Olivença: Um bicampeão de Cristo

Jojó de Olivença
jojó de olivença

Muita oração, fé, calma e disciplina. Esta é a receita para o sucesso profissional do surfista Jocélio de Jesus, mais conhecido como Jojó de Olivença. Baiano de 25 anos, membro da Assembléia de Deus de Guarulhos, este Atleta de Cristo tem realizado grande conquistas no mundo do surfe, aproveitando sempre as oportunidades para falar de Deus.

Ele é evangélico desde 87 e em sua igreja trabalha todos os domingos como obreiro. Ao contrário da maioria dos surfistas, Jojó nasceu longe do mar, em uma pequena cidade do interior baiano chamada Ipiaú. Seu interesse pelo esporte começou aos 11 anos de idade na estância hidro-mineral de Olivença. "Lá é um dos melhores lugares do país para surfar", garante o atleta que foi o primeiro bicampeão da história do circuito da Associação Brasileira de Surfe Profissional.

Casado com Adriana e aguardando para abril o nascimento do primeiro filho, Jojó quer romper as fronteiras do Brasil e mostrar seu surfe para o mundo. Atualmente, ele é o quinquagésimo atleta do ranking do World Qualifying Series (WQS). Para ele, a vontade de Deus é mais forte que qualquer onda do Havaí e confiando neste princípio é que ele tem conseguido excelentes resultados no mundo dos esportes.

Quando perguntam a Jojó de Olivença como é ser bicampeão brasileiro, ele não esconde um largo sorriso e afirma que não há o que dizer. Segundo ele, a cada ano sua performance tem sido melhor. O surfista afirma que tem sentido o crescimento e aperfeiçoamento de sua habilidade nas ondas. Entretanto, o mais marcante na personalidade deste baiano, não é a sua capacidade de ficar sobre uma prancha no alto de uma onda, mas a desenvoltura e alegria que ele demonstra ao falar de Jesus Cristo e de tudo que operou em sua vida.

Certamente, o mundo do surfe ainda vai ouvir falar muito deste atleta, que saiu do interior da Bahia para mostrar que é possível ser um pregador do evangelho dentro das mais diversas profissões.

Fonte: Jornal El Shadai, nº 6, Dezembro de 1993, página 9.

segunda-feira, 21 de dezembro de 1992

Karateca faz parte do exército de Cristo

Ela ganhou diversos títulos, inclusive recentemente tornou-se campeã mundial de karatê. A atleta de Cristo, essa karateca de 26 anos, diz que, "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus".

Fotos: Carlos Carvalho

Maria Cecilia de Almeida, de 26 anos pratica karatê há 5 anos e nesse meio tempo já conquistou os títulos de tetra campeã carioca, brasileira e sul-americana. Além disso, ela é duas vezes vice-campeã mundial e campeã mundial, título conquistado no torneio disputado este ano no Japão.

Apesar das inúmeras vitórias e do reconhecimento internacional, Maria Cecília, diz que as dificuldades são muitas para os atletas que vivem num país de terceiro mundo. Prá que se tenha idéia da situação, recentemente, Maria Cecilia deixou de participar de um torneio na Espanha por falta de patrocínio.

Maria Cecilia conta que entrou para o Karatê por curiosidade. E assim que começou a praticar ficou fascinada. Ela revela ainda que se dedicou muito, treinou horas seguidas para tentar recuperar o tempo perdido, entretanto ressalva afirmando "que nunca é tarde para começar algo que se deseja"

Maria Cecilia menciona que antes de sua conversão, ficava nervosa, agitada durante as competições. "A minha vida estava de cabeça para baixo. Não havia esperanças. Estava envolvida com drogas, prostituição. Estava me acabando. Minha carreira de atleta poderia terminar de um dia para o outro.

Se as mulheres que praticam karatê são discriminadas? Sim,sempre são. Mas a discriminação não se restringe apenas as karatecas e, sim, as mulheres de urn modo geral. Ainda existem pessoas que pensam que a mulher só tem que ficar em casa, lavando, cozinhando e cuidando dos filhos. Então quando você começa a se destacar, principalmente nos esportes e em especial no Karatê que é considerado uma atividade masculina, bruto, violento a discriminação é bem maior.

Cecília diz ainda que o Karatê trabalha principalmente como equilíbrio, coordenação motora. Algumas pessoas afirmam que o karatê é um pouco místico já que requer muita concentração. Uma das filosofias do Karatê é conter o lado agressivo.

A nossa campeã lembra que quando se converteu ano passado não entendeu qual seria o propósito do Senhor, mas aos poucos participando de reuniões dos Atletas de Cristo percebeu que tinha como missão evangelizar levando a Palavra aos desportistas que nem pastores e missionários teriam acesso.

Cecília que é membro da igreja Maranata da Tijuca, atualmente esta competindo por São Paulo, onde foi contratada pelo Guarulhos, já que no Rio de Janeiro não havia qualquer tipo de apoio.

A Tetra-campeã enfatiza que quando se passa para o lado da luz é que se percebe a podridão em que se vivia. "Quem esta na luz, esta debaixo da benção, já tem a vitória, faz parte do Exército poderoso cujo General é Cristo. E quem esta nas trevas esta sem vida, sem benção, com maldição. É preciso orar para libertar-se dos Espíritos Imundos e nós fazemos parte desse Exército do bem. A batalha é espiritual e eterna...


Fonte: Jornal El Shadai, nº5, pág 12, Novembro 1992.

domingo, 1 de novembro de 1992

Levando a palavra na crista da onda

Desde os 12 anos, Franklin Ribeiro sempre teve um relacionamento muito especial com as ondas e como mar. Ele começou praticando o que os surfistas chamam de "free-surf' sem grandes pretensões, apenas para conhecer a emoção de estar no meio de uma onda e ser levado por ela. Só que a coisa não ficou aí. Hoje Franklin é um bodyboarding com boas colocações no circuito amador desta categoria e com grandes chances de chegar este ano ao surfe profissional.

Com sua prancha e muita vontade de enfrentar o mar, esse atleta de 19 anos tem levado adiante um objetivo ainda maior do que qualquer onda do Havaí. Como ele mesmo diria, seu propósito é levar a palavra de Cristo aos "doidões " da praia. "Eu vivo esta realidade e sei como o pessoal deste meio precisa desta mensagem de paz e esperança", afirma ele. Seu destaque no mundo do Bodyboarding veio simultaneamente ao seu reencontro com Cristo, pois, mesmo tendo nascido em um lar cristão, o surfista se desviou durante a sua adolescência para conhecer o mundo. "Eu estava fora da Igreja e estava sentindo um vazio muito grande. Então o Senhor falou comigo e me disse que o caminho que eu tinha'escolhido era muito fácil. Ele disse que existia outro caminho para eu seguir", relata ele.

Fonte: Jornal El Shadai, nº3, pág 17, Novembro 1992.

quinta-feira, 15 de outubro de 1992

O testemunho de um atleta de Cristo

"Mais do que fazer o gol mais bonito; mais do que fechar um grande contrato; para mim, seguir a Jesus Cristo é tudo na minha vida. Eu não estaria aqui se não fosse da vontade de Deus". Estas declarações revelam claramente a personalidade e a fé do meio-campo avançado Bismarck, que compõe, desde 87, o time de futebol profissional do Vasco da Gama, sempre como titular. Mas ele é atleta também de um time ainda mais importante, pois em 80, aos dez anos de idade, Bismarck aceitou a Jesus Cristo e a partir daí tem tido vitórias e mais vitórias nas partidas de sua vida espiritual.


Bismarck Barreto Faria, de 23 anos, começou cedo na vida de jogador. Aos oito anos, ele já integrava a equipe de futebol de salão do Vasco, sempre incentivado pelo pai, que chegou a improvisar um campinho nos fundos da casa para que os filhos jogassem. Aos 13 anos, ele foi convidado a fazer um teste para o futebol de campo, passando a jogar na equipe infantil do clube. A partir daí, houve todo o processo normal da carreira de um jogador, passando pelo juvenil, pelo júnior até chegar ao profissional em 87. A ascensão ao time principal aconteceu a convite do técnico Lazaroni, que comandava a equipe na época.

A vida cristã também começou na infância. A família do atleta sempre foi católica e os seus pais o são até hoje. Bismarck visitou pela primeira vez um templo evangélico aos dez anos, a convite de sua irmã que já pertencia a Primeira Igreja Batista de São Gonçalo há dois anos. Logo que começou a frequentar a Igreja, ele e seu irmão mais velho aceitaram a Jesus Cristo e se batizaram meses depois. "Jesus Cristo é fundamental em minha vida. Desde que eu o aceitei, tudo o que eu faço é orientado por Ele. Eu nunca entro em campo sem orar a Deus e pedir a Sua sabedoria", acrescenta o atleta.

Para Bismarck, a vida de um jogador de futebol é muito difícil e principalmente a vida de um jogador cristão. "Nós somos sempre muito visados e se realmente a pessoa não estiver em comunhão com Deus, em oração, o risco de cair é muito grande. Dentro do time, sempre há brincadeiras com os atletas evangélicos mas também há muito respeito". Segundo ele, os jogadores que mais brincam são os primeiros a pedirem conselhos quando estão precisando de ajuda. "Eles sabem que a palavra que nós temos não é nossa, mas sim do Espírito Santo", afirma Bismarck. Atualmente, além dele, atua no Vasco o jogador Tinho que também é evangélico, tendo sido batizado recentemente na Primeira Igreja Batista de Niterói.

Desde 87, Bismarck pertence ao movimento Atletas de Cristo, que tem o objetivo de reunir desportistas de todas as denominações evangélicas para levar a Palavra de Cristo aos colegas de equipe e aos torcedores. Ele ingressou neste movimento através do pastor Ezequiel Batista da Luz, o Zick, que coordena a organização. "Muitas pessoas pensam que o movimento Atletas de Cristo é uma seita ou uma religião. Não. É uma organização de atletas de todas as modalidades que tem o objetivo de pregar o evangelho de Cristo", esclarece o jogador. Segundo Bismarck, já existem reuniões dos "Atletas" em quase todas as capitais do Brasil e até em Portugal e na Itália, onde desportistas brasileiros cristãos estão divulgando o trabalho entre os colegas. No Rio de Janeiro, eles se reúnem todas as segundas-feiras, às 19h3Omin, na Convenção Batista Brasileira, na Praça da Bandeira.

Com seu jeito calmo e sossegado, Bismarck certamente tem conseguido ser um verdadeiro Atleta de Cristo, com muitas metas a alcançar e colocando sempre Deus a frente de tudo. Como jogador, ele pretende continuar desenvolvendo um bom trabalho no Vasco da Gama e voltar a seleção brasileira para disputar o próximo mundial. Outro objetivo é, mais tarde, conseguir um contrato que leve o seu futebol a uma equipe do exterior, garantindo assim uma maior estabilidade financeira.

Como cristão, ele designou para si o objetivo de levar a Palavra a todos que precisam Dela. E isso ele já tem colocado em prática, pois até um simples autógrafo que Bismarck dá a um torcedor vem sempre acompanhado da mensagem "Jesus Vive". Para contato com os "Atletas de Cristo", tel.:717-5393



Fonte: Jornal El Shadai, nº2, pág 6, Outubro 92.