domingo, 20 de agosto de 2023

A luta contra as bactérias

Combater as bactérias do organismo é uma tarefa difícil que fica a cargo das dezenas de antibióticos desenvolvidos pelos cientistas do mundo inteiro. Em pleno fim do século, a medicina chegou a conclusão de que ainda não se conseguiu vencer as bactérias. Para cada novo antibiótico, esses microrganismos unicelulares desenvolvem mecanismos eficientes de defesa, que neutralizam a ação dos medicamentos.

Há no mercado farmacêutico cerca de 150 tipos de antibióticos à disposição dos doentes. Apesar deste elevado número, as pesquisas revelam que as pessoas continuam morrendo vítimas de infecções, mesmo nos países desenvolvidos. Esta ineficiência tem acarretado um problema sério, principalmente nos países mais pobres: o uso indiscriminado desses medicamentos está contribuindo para gerar superbactérias, algumas que chegam a ser resistentes a oito tipos diferentes de antibióticos. Um exemplo disso é que na época em que a penicilina foi comercializada, em 1941, bastava quatro doses diárias durante quatro dias para debelar completamente um "Streptococcus pneumoniae", que é o causador da pneumonia e da meningite. Hoje, esta bactéria já desenvolveu defesas tão sólidas contra o remédio que mesmo com uma dose 600 vezes maior que no passado, um paciente pode vir a falecer.

Outro exemplo da força que estes microrganismos adquiriram ao longo do tempo, é que na década de 40, a maioria dos "Stafilococcus aureus", que causa por exemplo, infecções cirúrgicas, eram combatidos com penicilina B. Atualmente, quase 100 % destas bactérias resistem a pelo menos dois antibióticos, inclusive a própria penicilina. Os especialistas afirmam que o vibrião da cólera, que ataca vários países da América, inclusive o Brasil, já conseguiu criar resistências a cerca de cinco tipos diferentes de antibióticos.

Mas o problema das bactérias não se restringe às doenças que elas causam. Elas são responsáveis também pelas infecções hospitalares, que já mataram milhares de pessoas tanto no mundo subdesenvolvido, onde as condições de higiene são reduzidas, quanto no Primeiro Mundo. O grave problema da infecção hospitalar vem preocupando médicos e cientistas em todo mundo. Já ficou comprovado que quanto mais a medicina evolui a nível de equipamentos e técnicas, junto dela anda sempre este tipo de infecção que se desenvolve proporcionalmente ao aprimoramento das tecnologias. Este pensamento pode ser comprovado através do seguinte exemplo: dois dias após a implantação de um tubo urinário ou um cateter num paciente, estes materiais já estão infectados pelas bactérias que causam as infecções hospitalares.

Para se armar nesta guerra contra às bactérias, a medicina mundial já determinou dois pontos básicos: evitar o uso indiscriminado dos antibióticos e aumentar as condições de higiene dentro dos hospitais e clínicas. Estas duas atitudes diminuiriam os riscos da população que sofre com o problema de uma forma mais drásticas nos países subdesenvolvidos, onde os remédios são ministrados sem precauções, na maioria das vezes pelo próprio paciente.

Sorriso Mil Tenho 20 anos e há dois anos atrás toda vez que abria muito a boca, estalava perto do ouvido. Estou preocupada porque atualmente não preciso abrir demais para que estale. Bocejar ficou super-incômodo, principalmente porque fica dolorido na mandímbula, perto do ouvido. É algo que devo me preocupar? É aconselhável procurar um especialista? O que a senhora .ar aconselha ? Adriana Peixoto Flamengo Adriana, estes sintomas nessa idade revelam que provavelmente os seus cisos estejam em tértnino de formação. Isso significa que estão querendo nascer, mas não encontram espaço, forçando assim sua mandíbula, consequentemente produzindo esses estalos. Aconselho que procure um profissional para radiografá-los. Em seguida, faça uma avaliação da necessidade de extraí-los ou não, ok? Dra. Beatriz G. Kozlowski



Ricardo Machado Rainha
Igreja Metodista Wesleyana de Vila Kennedy
Vila Progesso


Fonte: Jornal El Shadai, nº6, pág 20, Janeiro 1993.

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