A vinda de Cristo interrompeu o ciclo da vida, onde o homem era fadado a nascer, viver e morrer.
Cristo mudou esta triste realidade e criou um novo ciclo, que agora é "Nascer, Viver e ... Viver".
Este é o tema do espetáculo que acontece no dia 21 de dezembro, às 20 horas, no Imperator.
Promovido peia MK Publicitá, como apoio da Rádio El Shadai FM,
o show reunirá alguns dos principais cantores e grupos evangélicos da atualidade,
que vão se apresentar acompanhados de uma grande orquestra.
A direção está por conta de José Messias, tendo como produtor, Walter Ramires.
"Nascer, Viver e ... Viver" promete ser um espetáculo diferente com coreografia e telões,
que vão exibir clips durante todo o show.
Como todo espetáculo promovido pela MK Publicita, a renda será revertida para a manutenção de asilos,
orfanatos e creches do Grande Rio.
Os organizadores prometem muitas surpresas que vão envolver nomes como João Marcos, Marina de Oliveira,
Complexo J, Cassiane, Amigos do Rei, Ministério Sou Livre e muitos outros.
Como o segredo é a alma do negócio, eles não revelam quais serão as surpresas para o dia 21,
mas desde já, o evento promete sero máximo.
Fonte: Jornal El Shadai, nº4, pág 12, Dezembro 1992.
Os cem anos de Copacabana estão mexendo com os evangélicos cariocas.
Cerca de sessenta igrejas evangélicas da Zona Sul, com apoio dos evangélicos
fluminenses e da comunidade do bairro, comemorarão no dia 12 de dezembro o centenário de Copacabana,
sob a coordenação da Associação Evangélica Brasileira.
O Secretário Estadual da Associação, Reverendo Guilhemino Cunha,
ex-integrante da Comissão de Estudos Constituicionais da Presidência da República,
durante o governo Sarney, é o organizador do evento.
Com o nome de "Copacabana, olha prá cima!", a comemoração evangélica contará com cantores e conjuntos de música gospel,
no estilo jovem, corrida rústica e vôlei de praia, com os Atletas de Cristo,
carreata na orla da praia e uma concentração à tarde, na qual falarão pessoas que experimentaram
a marginalidade e foram regeneradas pela fé em Jesus Cristo.
Para encerrar, o Pastor Rudi Augusto Krüger convidará a população de Copacabana
a uma tomada deposição frente à Bíblia e a pessoa de Jesus.
Fonte: Jornal El Shadai, nº4, pág 12, Dezembro 1992.
A maçonaria é até hoje um dos grandes mistérios da humanidade. Polêmica, a maçonaria apesar de não ser uma religião é aceita por poucos pastores causando controvérsias no meio evangélico. Mas o que leva um cristão a dizer durante o ritual maçônico que procura a luz, quando a luz provem de Jesus? E por que essa sociedade, que tem como objetivo a prática do bem, é tão repudiada?
O El Shadai procurou elucidar o assunto entrevistando autoridades do meio evangélico, assim como da maçonaria para que mediante as opiniões divergentes, o leitor possa formular um conceito próprio sobre o assunto.
O Sereníssimo Grão Mestre, Luiz Zveiter, Presidente da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro,
explica que a maçonaria é uma instituição iniciática que faz com que seus adeptos se aperfeiçoem para
poder levar um pouco de paz e tranquilidade a sociedade a qual ele vive.
Ela não faz distinção de raça, credo e cor. Exige-se apenas que o adepto acredite em Deus.
Luiz Zveiter menciona também que a maçonaria não é uma sociedade secreta.
"É uma instituição velada, sendo registrada no cartório de pessoas jurídicas.
É uma entidade publicamente conhecida, mas seus trabalhos são velados".
Ele enfatiza que a maçonaria não tem uma data precisa em que se possa afirmar que foi fundada.
"Ele tem como base a construção do Templo de Salomão em Jerusalém, mas acreditamos que vem muito antes disso".
Ele revela ainda que em 1927, Mário Bering que era integrante do Grande Oriente
por não concordar com o comportamento litúrgico interno e a forma de desvirtuamento
da essência da instituição resolveu fundar as Grandes Lojas.
Portanto, existem duas linhas maçônicas.
O Sereníssimo diz ainda que prá alguém se tornar maçom é feita uma análise sobre sua conduta moral, social e familiar.
A VERDADE SOBRE O BODE PRETO
Se existem rituais satânicos, pactos de sangue, nome escrito em brasa no corpo do iniciado?
Não, não existem. Isso é mística em relação à maçonaria.
"Uma das exigências da maçonaria é a de acreditar num ser supremo que denominamos o
Grande Arquiteto do Universo que é Deus", enfatiza.
Quanto a reverência ao bode preto, o Grão-Mestre explica que no pentagrama existe
um homem de pernas e braços abertos, um homem em evolução.
"Se esse pentagrama for virado de cabeça para baixo, parece um bode.
Como temos por base a evolução, adotamos o pentagrama,
daí associaram a maçonaria a imagem do bode preto".
Na maçonaria, ressalta o sereníssimo, tudo é feito de simbologia.
"Quando se diz no ritual de iniciação "venho das trevas em busca da luz... ",
isso significa reciclar interior do próprio homem.
"Não é que ele viva no mundo das trevas.
O maçom, quando vai em busca do aperfeiçoamento não o procura em outras pessoas
ou em outras ideologias e sim nele próprio. Ele é o centro".
Alguns pastores afirmam que a maçonaria é profana, isso é verdade?
Isso é falta de informação. Fico até abismado que um pastor que se propõe sei pastor essas coisas.
"Que ele desconheça e queira conhecer é uma coisa, mas dizer tais coisas...
Eu até gostaria de ser convidado para um debate público para que pudesse falar sobre o assunto".
Quanto a iniciação do adepto, o Grão Mestre Luiz Zveiter explica que
o iniciado repensa sobre os quatro elementos fundamentais da existência do ser humano:
a água, o ar, o fogo e a terra. "Mas isso não significa que faça pactos.
Todas essas afirmações, inclusive de caveiras no teto do Templo Maçônico são levianas e mentirosas.
Tem sim, a abóbada celeste, com a luz, o sol, as estrelas, além dos signos do Zodíaco", acrescenta o venerável.
Dentro de um Templo Maçônico, nós temos o que chamamos do Livro da Lei
"que é o ponto básico do equilíbrio de uma Loja. Esse livro substancia um livro de cada religião,
isto é, quando temos uma loja onde a maioria é católica ou evangélica, o que temos em cima da
Bíblia Sagrada que donde repousa a luz maior.
O Grão-Mestre diz ainda que o adepto que é aceito pela maçonaria recebe a pedra do amor para
com o semelhante e com coragem e perseverança, ele edifica em si o Templo de Deus que é o Grande Arquiteto do Universo.
"Fé, virtude, sabedoria, força. prudência, glória e beleza são os elementos que devem ornar o interior do maçom.
"A maçonaria tem como prática a filantropia, defendendo o fraco e o oprimido.
Inclusive temos feitas vários trabalhos nesse aspecto, dando assistência em todos os níveis aos necessitados", diz Luiz Zveiter.
Para o pastor da Igreja Batista de Irajá, João Falcão Sobrinho,
ex-secretário geral da Convenção Batista Brasileira,
a maçonaria como instituição é uma força a favor da justiça, da fraternidade,
e tem desenvolvido atividades proveitosas para a humanidade.
Ele inclusive menciona que foi convidado duas vezes para fazer parte da instituição,
mas por desconhecer o segredo que a envolve, não aceitou.
"Apesar da maçonaria ser uma instituição secular, a igreja é superior, está mais envolvida".
Questionado sobre o fato de um pastor ser maçom, João Falcão Sobrinho diz que não entende
porque um pastor procura na maçonaria recursos para realizar o seu ministério humanitário-social,
quando se tem na igreja um instrumento muito mais eficaz.
"O que eu acho muito estranho é que para a maçonaria todos se consideram irmãos.
Todos comungam dos mesmos ideais, das mesmas orações.
Então, pergunto como posso comungar com uma pessoa que serve a outro Deus? Indaga o pastor.
João Falcão diz ainda que seria incapazde mencionar as palavras da iniciação à maçonaria,
quando o neófito diz "venho das trevas em busca da luz... ", porque Jesus é a luz do mundo.
A BASE DA IGREJA É O AMOR
A maçonaria, frisa o pastor batista, considera que o meio de alcançar a luz é através do aperfeiçoamento,
pela aquisição de conhecimentos e a prática das virtudes.
"Tudo isso é muito bonito, mas nós somos salvos pela graça de Deus por meio de Jesus Cristo", ressalta.
Falcão Sobrinho considera que a maçonaria tem bons propósitos, mas não basta.
"Além da justiça e da verdade, na igreja nós temos o amor.
O amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.
O vínculo de uma igreja não é o pacto e sim o amor.
Não somos unidos pela conveniência, pela troca de favores, pois a base da igreja é o amor.
O amor de Deus revelado em Cristo".
Já Gilberto Malafaia, pastor da Assembléia de Deus de Jacarepaguá é contundente, dizendo que:
"não é e jamais será um maçom".
Ele acrescenta que o Evangelho de Jesus Cristo o satisfaz plenamente e que não precisa ser maçom para ser benemérito.
JURAMENTO NEGA CRISTIANISMO
O pastor Malafaia diz ainda não entender como um homem de Deus pode pronunciar durante o ritual maçônico
"que procura a luz... ". Essa declaração nega o cristianismo e eu não preciso ser maçom para praticar o bem.
O Evangelho satisfaz todos aqueles que crêem em Jesus Cristo", afirma.
EVANGÉLICO E MAÇOM, PODE?
Para H. K. N. que é evangélico e maçom, a maçonaria é uma instituição filantrópica que tem como objetivo ajudar o próximo.
Ele diz ainda que existe muito folclore à cerca da maçonaria que é feita de simbolismo,
inclusive o juramento do neófito que é tão criticado.
Revela ainda que o chão do Templo Maçom é preto e branco representando a união das raças,
e que não existem rituais satânicos, nem reverências ao bode preto.
O Evangelho, visa a vida eterna, a salvação da alma para todo aquele que crê em Jesus.
Fora de Jesus Cristo não há solução para a alma do homem.
Já a maçonaria é como as demais sociedades que visam o desenvolvimento intelectual do homem,
a evolução e seu aprimoramento social.
"Isso, enfatiza H. K. N. não significa que ele não possa ter fé em Deus".
MAÇONARIA A FAVOR DA LIBERDADE
O pastor Ozíres Marques, da Igreja Batista de Vila Valqueire diz que não vê qualquer incompatibilidade
entre a Maçonaria e o Evangelho. "É discriminada por alguns evangélicos talvez por falta de conhecimento,
no entanto há grandes líderes evangélicos que são maçons."
O pastor Marques que colou até o segundo grau dentro da hierarquia maçônica,
explica que a sociedade é representada pelo pedreiro, um compasso, um esquadro
e um triângulo que significam uma trindade de amor, liberdade e fraternidade.
A MAÇONARIA É A MELHOR COISA QUE O HOMEM JÁ FEZ
Outro que é favorável a maçonaria, é Armando Gonçalves Macedo,
pastor da Igreja Metodista de Ricardo de Albuquerque, que foi Grão-Mestre,
mas que atualmente encontra-se licenciado.
Segundo ele, dentro da instituição humana foi a melhor coisa que o homem já fez.
"A maçonaria poderia ser melhor ainda, se tivesse Jesus Cristo como centro dela", enfatiza.
CRISTO SATISFAZ PLENAMENTE
Já o pastor Ebenezer Fontes, da Igreja Evangélica "Um Novo Viver", no Méier,
diz que é contra por causa do básico que é o juramento do iniciado na maçonaria.
Por isso afirma "que quando realmente se conhece Jesus Cristo, todos os anseios são desfeitos.
Não existe a necessidade de outras ligações.
NINGUÉM DEVE SER DISCRIMINADO
Mesmo admirando o trabalho dos maçons, o pastor Joaquim de Paula Rosa,
membro da Primeira Igreja Batista de Niterói, diz que não faz parte da sociedade.
Ressalta ainda que deve ser conflitante para uma pessoa crente ser maçom,
mas não vê fundamento na discriminação e lembra que Deus não faz distinção.
A BÍBLIA NÃO DÁ NENHUM APOIO À MAÇONARIA
Para Waldir Neves, pastor presidente da Assembléia de Deus do campo de Cordovil,
a maçonaria nada tem a acrescentar ao Evangelho.
Ele inclusive menciona que a Bíblia não dá nenhum tipo de apoio à maçonaria e diz
"se existem pastores que são maçons, creio que eles estão redondamente enganados.
Estão fora da luz da palavra de Deus".
Fonte: Jornal El Shadai, nº4, pág 10 e 11, Dezembro 1992.
Com um nome bastante curioso, que chama a atenção ao primeiro contato, a banda Complexo J
vem fazendo sucesso há seis anos e divulgando a mensagem de que existe um complexo vitamínico
mais poderoso que o B ou o K, que pode curar o homem de todas as suas enfermidades.
O nome surgiu exatamente desta idéia: o "J" de Jesus deu origem a esta fórmula, que não
pode ser encontrada em farmácias, mas que tem levado a cura a centenas de pessoas que
sofrem de "anemia" espiritual.
A banda nasceu em 1986 da união de músicos evangélicos, atuantes em várias igrejas,
que pretendiam através da música edificarem o "Corpo de Cristo" e pregarem o evangelho de Deus.
As letras e ritmos do Complexo J imprimem à banda uma visão contestadora, que de acordo
com os integrantes, tem sido uma das principais razões de sua penetração em casas de show,
teatros, espaços culturais, universidades e em muitos outros lugares, onde a igreja como
instituição, tem sido impedida de levar a palavra.
O Complexo J é formado por José Carlos, compositor e tecladista; Marco Salomão, guitarrista,
vocalista e compositor; Hélio Zaglagia, guitarrista e compositor; Liza Zagaglia, vocalista;
Renato Stutz, baterista, e Joel Alves Jr., baixista. Nestes seis anos de atuação, a banda
tem realizado centenas de apresentações e deixando a mensagem de suas músicas em várias
partes do Estado do Rio e até fora dele.
A chance de gravar o primeiro disco surgiu logo no primeiro ano da banda. O LP Solidão foi
lançado em 86 e logo de saída teve as músicas "Solidão", "Espaço sideral" e "Brasil" muito
aceitas pelo público e pelas rádios. Após quatro anos sem gravar, o complexo J, já mais amadurecido,
lançou, no ano de 90, o LP "Arte Final" e em outubro de 91, surgiu o terceiro disco que recebeu
o nome de Complexo J-3. Os integrantes do grupo consideram que o último LP consolidou todo o trabalho
musical da banda, com um repertório mais elaborado, lançando a música "Choro da natureza" que
rapidamente se tornou conhecida pelo público evangélico, além de "Sábado Quente", "Ressuscitou"
e outras.
Durante a tragetória do grupo, Deus tem dado provas de que apóia o trabalho do Complexo J.
"Deus tem mostrado a sua fidelidade e seu apoio à obra da banda. Ele tem aberto as portas
dos mais variados lugares e das mais variadas formas", garante a banda. O Complexo J já conseguiu
feitos como penetrar em veículos de comunicação fora do âmbito evangélico, com uma boa repercussão.
Há algum tempo o grupo foi procurado pelo Jornal O Globo, onde foi primeira página do Segundo
Caderno, em uma matéria que falava sobre a música Gospel no Brasil. Em outra oportunidade,
os componentes da banda foram entrevistados por Jô Soares, no programa Onze e Meia,
e tiveram a oportunidade de falar de Jesus a milhões de pessoas naquela noite.
Muitas outras experiências tem marcado O Complexo J e eles lembram de cada uma com especial carinho.
Hoje, a banda continua se dedicando ao trabalho de levar a Palavra de Deus através da música
e com a elaboração e organização de espetáculos de música Gospel. Este ministério tem levado,
ao longo destes seis anos de atuação, muitas pessoas a conhecerem Jesus Cristo.
DISCOGRAFIA
Solidão (1986)
Arte Final (1990)
3 (1992)
Fonte: Jornal El Shadai, nº5, pág 9, Dezembro 1992.
Meu nome é Otávio de Carvalho. Espero que o meu testemunho possa tocar seu coração, através do Espírito de Deus. Tive uma infância muito difícil. Fui criado num terreiro de umbanda passando em seguida para o candomblé, onde raspei a cabeça, fazendo o santo.
Fui me envolvendo cada vez mais com isso, ao mesmo tempo em que sentia uma tristeza inexplicável. Certo dia, um dos meus familiares levou-me a conhecer uma igreja evangélica. Então pude conhecer Deus. Tive consciência do quanto aquele Deus era forte. No final do culto, aceitei Jesus como meu Salvador.
Só que o meu lar era espírita. Fui influenciado. Acabei me desviando. Aos 13 anos assumi minha homossexualidade. Com 16, saí de casa e passei a trabalhar como cabeleireiro e maquilador. Comecei a frequentar boates gays, a usar drogas. Tornei-me viciado, ao mesmo tempo que repudiava minha imagem de homem. Eu queria ser mulher a qualquer preço. Comecei a me travestir e tomar hormônios. Deixei os cabelos crescerem, andando maquiado e com vestes femininas adotei o nome de Monique. Foi um escândalo, um vexame para minha mãe.
Em 1984, ganhei o título de Miss Brasil Gay, numa boate que frequentava. Nessa época eu já era dono de um salão na Tijuca. Apesar de uma boa situação financeira, não conseguia ser feliz. Um dia junto com um grupo de gays fui fazer o exame de sangue, advertido sobre o perigo da Aids. Abrimos os envelopes e apenas o meu teste havia dado positivo. Comecei a chorar e perguntei inocentemente ao médico o que deveria tomar pra ficar bom. Ele explicou que não havia cura. O desespero tomou conta de mim. Minha mãe não aceitou o fato e chegou a me propor suicídio.
Após seis meses, os sintomas começaram a surgir. Emagreci. Os cabelos caíam. Fiquei algum tempo no Hospital Universitário Gafree Guinle. Voltei para casa. Sofri nova crise. Minha mãe me levou desacordado para o hospital, onde foi diagnosticado pneumonia dupla. Passei quatro meses sofrendo.
Decidi acabar com minha vida. Fui até a janela, quando algo chamou minha atenção: uma TV. Os familiares do meu companheiro de quarto, Sebastião, haviam levado uma televisão. Perguntei se poderia assistir, ele disse que sim, já que preferia o rádio porque nele podia ouvir os louvores a Deus. Em seguida, perguntou-me se era crente. Disse que tinha sido, mas havia me transformado num desviado.
Então ele falou-me que eu poderia ser salvo por Jesus. Jesus vai te tirar desse hospital. “Jesus mostrará ao mundo, através de ti, que é o médico dos médicos”.
Saí dali, mas o que aquele homem falara me perseguia, até que olhei para o alto e com o coração aberto disse "Jesus, eu não sei se posso crer que estejas me escutando. Não sei se posso crer na tua existência. Só sei que estou aqui neste hospital morrendo de Aids, mas aquele homem falou que você pode fazer alguma coisa. Peço que se existes, não precisa me curar, mas me deixe viver um pouco mais. Faz alguma coisa acontecer. Me dá um sinal da tua existência".
Após esses pensamentos caí num sono profundo. Acordei no dia seguinte com o médico perguntando pela radiografia. Ela havia sumido. Foi preciso tirar outra e na hora não senti os pulmões doerem como havia acontecido na primeira vez.
Pensei que isso poderia ser um sinal de Jesus, mas relutei em acreditar. Ao retornar ao quarto, encontrei a Bíblia deixada por Sebastião. Abri, mas joguei-a no chão, seria besteira imaginar que poderia ser salvo, afinal Aids mata, pensei. Entretanto, como que hipnotizado pelo Livro Sagrado, li o seguinte versículo: disse Jesus, aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá".
Quase que imediatamente o médico reapareceu com minha radiografia afirmando que não havia nada nos meus pulmões. Eles estavam limpos. Tive alta. Fui para casa. Ao chegar rasguei todas as minhas roupas femininas. Destruí todo o meu passado e disse "que daquele momento em diante teria uma nova vida, ainda que não fosse por muito tempo, mas o restante da minha existência seria vivido em louvor a Jesus".
Passados alguns dias, conheci uma jovem chamada Mônica que trabalhava na minha recuperação. Fiquei surpreso quando soube que ela havia se apaixonado por mim, e mais admirado fiquei quando constatei que também me apaixonara. Casamos. Na lua de mel, não houve problemas, porque' quando Jesus transformou minha vida, me transformei num homem de verdade. Três meses depois Mônica ficou grávida. Os médicos recomendaram um aborto, porque a ultrassonografia havia acusado problemas cardíacos no bebê. Não aceitamos a ideia e oramos a Deus.
No dia 8 de fevereiro de 89, Mateus nascia saudável e forte, graças ao poder de Jesus Cristo. Se as lembranças daqueles tempos me perturbam? Não, não me perturbam mais. Fiz ima transfusão espiritual. O sangue que agora corre em minhas veias já não é mais contaminado, pois é o sangue precioso de Jesus.
Se você ainda não aceitou Jesus, abra seu coração... deixe ele entrar... então saberá porque o meu é o Deus do impossível. Amém. Otávio de Carvalho Missão Batista Renovador Jardim Tropical Nova Iguaçú
Fonte: Jornal El Shadai, nº3, pág 20, Novembro 1992.
Leite humano para consumo infantil produzido por vacas vai ser a grande sensação dentro de alguns anos nos supermercados. Se você pensa que é "delírio", está enganado, porque as vacas vão ser geneticamente modificadas para produzirem leite humano, além de outros derivados, tipo iogurte, queijo, manteiga... A afirmação, por mais estranha que seja, foi feita por alguns especialistas em biotecnologia de vários países que estiveram reunidos no Seminário Bitoecnologia Hoje, em Madri. A trupe de pesquisadores, que parece que quer mudar tudo, disse que também tornará, possível obter uma carne mais nutritiva e saborosa com menos água e colesterol.
Coisas... do Hilário
Pode parecer gozação, mas o caso é que um turista francês passou o maior sufoco ao visitar a reserva de Gorilas de Sandakan, na Malásia. Se o jovem foi atacado e atrapalhado pelo animal? Não, não foi bem isso que aconteceu. Simplesmente um dos gorilas, que atende pelo nome de "Raja", adorou as roupas coloridas do turista. Ele gostou tanto, que não resistiu e arrancou as calças, a camisa e até a cueca do jovem turista que sequer ousou se mexer. Após o saque, o gigantesco gorila embrenhou-se na selva, não dando a mínima para a mulher do turista que ficou de "boca aberta" olhando o marido peladão, tentando se esconder atrás das moitas.
Ar condicionado pode causar úlcera
É preciso que todos estejam atentos. A utilização indiscriminada do cromato — produto altamente tóxico que retarda a corrosão do aço — nas centrais de ar condicionado faz mal à saúde humana e ao ambiente. O cromato é proibido nos Estados Unidos e no Japão, mas no Brasil é aplicado em quase 80 por cento dos sistemas de ar condicionado e, o que é pior, em concentração 150 vezes maior que o nível permitido. Seu processo de aplicação termina com o despejo de parte do produto no esgoto, o que acaba contaminando as águas dos rios e do mar. O contato prolongado com essa substância pode causar úlceras além de sua composição química conter agentes cancerígenos. Por isso, já existem no Brasil empresas que uti-lizam produtos menos nocivos, como o zinco e os fosfanatos.
Descoberto pássaro que tem veneno de sapo
Cientistas americanos descobrem a primeira ave venenosa de todo o mundo. Trata-se de uma espécie da Nova Guiné
denominada pito-hui-de-capa, cuja pele e plumagem preta e laranja são encobertas pela mais potente das
toxinas naturais: a homobatrachotoxin, centenas de vezes mais tóxica do que a estricnina.
Existe a suposição de que o pássaro usaria este veneno contra os seus predadores.
A descoberta foi feita por acaso, quando um estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago prendeu a
espécie na rede em que capturava aves. Ao tentar soltá-lo, queimou as mãos e a boca.
Os cientistas estão estupefatos, porque tem cerca de 9.200 espécies de pássaros e espécies e não se encontrou
fenômeno desse tipo em qualquer uma deles. Eles descobriram que a toxina do pito-hui-de-capa não existe
em mais nenhuma espécie animal e em todo o planeta, exceto nos sapos dendobratas que vivem na floresta amazônica.
O veneno desses anfíbios é utilizado pelos índios na ponta de suas flechas.
Fonte: Jornal El Shadai, nº3, pág 18, Novembro 1992.